segunda-feira, março 20, 2023

Código Braille

A compreensão da origem do Código Braille exige que seja feita um aprofundamento na história de um jovem brilhante francês chamado Luis Braille. Nascido no início do século XIX, ele vivia em uma região chamada Coupvray que era um pequeno distrito que estava aproximadamente quarenta e cinco quilômetros da grande Paris.

Durante a sua infância mais precisamente quando tinha três anos de idade passou por um momento bastante delicado de sua vida. Durante o manuseio de uma das ferramentas da oficina de seu pai, Louis sofreu um acidente grave. Como consequência desse incidente, acabou perdendo o sentido da visão de ambos os olhos.

Vida escolar

Mesmo com a grande limitação que Louis apresentava, os seus pais tomaram uma decisão de muito caráter, ou seja, acreditavam que ele não poderia deixar de participar das atividades que uma criança normalmente faria. Isso fez com que ele fosse matriculado na escola junto com as demais crianças.

A princípio, a grande maioria das pessoas da época tinham um grande preconceito em relação a indivíduos com necessidades especiais. No entanto, Louis mesmo sendo incapaz de escrever e enxerga, conseguir desenvolver uma surpreendente aptidão em memorizar praticamente todas as lições que eram passadas durante as suas aulas.

O grande desempenho apresentado na escola, sem dúvida, foi determinante para estabelecer o caminho de Louis a trabalhar com o Código Braille.  Logo, após concluir os seus estudos básicos, conseguiu ingressar em uma instituição de ensino que tinha como proposta somente atender alunos como a mesma necessidade especial.

Ideias

Essa nova conquista contribuiu para uma nova etapa fosse iniciada em sua vida e, consequentemente, favoreceu a aproximação do desenvolvimento do Código Braille. Já nessa instituição de ensino já existia algo bastante parecido com essa importante forma de leitura e escrita, ou seja, as letras eram todas impressas em alto relevo.

No entanto, é necessário destacar que apesar de um sistema funcional, ainda era um esquema que acabava resultando em livros muito grandes e pesados. Deve-se ainda levar em consideração que o tempo gasto com a leitura de qualquer material com essa estrutura demandava muitas horas.

Apesar da grande utilização desse método de letras em alto relvo, a instituição de ensino comandado por Valetin Haüy, sempre demonstrou interesse em apoiar pesquisas acadêmicas que estivesse a intenção de melhorar ou até mesmo apresentar uma nova forma de produzir livros para os deficientes visuais como o Código Braille, mas que só surgiu um certo tempo depois.

Sonografia

Diante de um ambiente favorável ao surgimento de novas opções para pessoas com dificuldades sérias de visão, o capital da artilharia Charles Barbiers de la Serre desenvolveu um sistema que ficou conhecido como sonografia ou escrita noturna. Como será possível absorver, esse método já apresentava algumas ideias bastante parecidas com o Código Braille.

A ideia por traz da sonografia era utilizar códigos feitos por meio de pontos que poderiam ser lidos com a ponta dos dedos. Contudo, mesmo oferecendo várias facilidades ainda apresentava dois problemas que eram considerados graves que eram: para que as palavras fossem lidas o leitor precisaria memoriar combinações de pontos muito complexas e o fato de os símbolos usados não possibilitavam a soletração das palavras.

Inspiração

Enquanto isso o jovem Louis dava os primeiros passos para o desenvolvimento do Código Braille. Para que isso fosse possível, muitas experiências foram necessárias visto que o colocaram em contato com as pessoas certas. Ao conhecer a jovem Teresa von Paradise, começou a se aventurar pelo mundo da música.

Posteriormente, conheceu Alphonse Thibaud que o questionou sobre a possibilidade de criar um novo método de leitura e escritas para as pessoas que não conseguiram enxergar. Esse engajamento foi necessário para que o primeiro passo do desenvolvimento do Código Braille fosse dado.

Mesmo após refutar tal proposta, Louis Braille passou a se empolgar e a se identificar com o projeto. Pouco tempo depois resolveu iniciar o seu trabalho de pesquisa para criar um novo método. Após um período de três anos com muitas pesquisas e experimentos, ele finalmente conseguiu estabelecer um novo método de leitura e escrita para cegos.

Publicação

Em 1829, por meio da publicação de um livro chamado “Processo para escrever as palavras, a música e o cantochão, por meio de pontos, para uso dos cegos e dispostos para eles” apresentou o seu novo método que posteriormente ficou conhecido como Código Braille. No entanto, Louis não teve a oportunidade de presenciar o sucesso de seu método, pois faleceu em 1852, ano em que o seu trabalho ainda não era amplamente conhecido.

O funcionamento desse método envolve uma combinação de pontos diferentes em uma célula de duas colunas e três linhas. Por meio disso, todos os deficientes visuais podem realizar a escrita e leitura de qualquer tipo de texto.

Atualmente, o Código Braille, sem dúvida, é o mais utilizado no mundo. Para se ter ideia da importância desse método, máquinas adaptadas foram desenvolvidas para facilitar o trabalho de confecção de textos escritos nessa linguagem.

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