O café sempre foi para o Brasil um dos produtos primários mais importantes para a economia visto que era responsável por uma boa parte das exportações brasileiras e que ainda tinha o Brasil como principal produtor mundial, pois era quase metade da produção mundial de café. Com base nisso, não há dúvidas de que a economia cafeeira era muito importante para o desenvolvimento do país.
Por volta do século XIX, o café ganhou bastante destaque nas exportações do Brasil e se tornou um dos produtos principais da economia nacional. Ao longo dos anos de 1870, a produção assumiu um caráter capitalista o que fez com que as relações sociais sofressem algumas mudanças.
Economia cafeeira no segundo reinado
No século XVII, o Brasil enfrentava algumas dificuldades na economia, principalmente, devido ao declínio na produção de açúcar e também da mineração que prejudicou as transações brasileiras no mercado de exportação. Nesse momento, a economia cafeeira foi muito importante para o país visto que foi o período em que a produção de café começou a ser iniciada e a apresentar resultados muito positivos.
Essa nova investida de produção possibilitou que o Brasil recuperasse a economia e ainda voltasse a obter bons resultados no mercado mundial de exportações de acordo com o modelo capitalista.
Durante os primeiros anos do século XVIII, a economia cafeeira apresentava mais resultados devido aos estados do Rio de Janeiro e também de Minas Gerais, mas com o continuo crescimento das exportações a produção logo chegou ao estado de São Paulo na região do vale do paraíba e, posteriormente, na região conhecida como oeste paulista.
Essas últimas regiões citadas também eram conhecidas pelas grandes propriedades dos barões do café que, sem dúvida, se beneficiaram bastante da economia cafeeira do país que, inclusive, receberam ou compraram títulos do governo imperial para se declarem como sendo um nobre.
Apesar de o café ser considerado como um bem de luxo em muitos países, a sua produção durante essa época sempre apresentava resultados cada vez melhores. Isso, sem dúvida, incentivou os grandes produtores a explorar esse mercado uma vez que se mostrava bastante rentável.
Essa grande produção mundial fez que com o tempo o café deixasse de receber o selo de bem de luxo e passou a ser incorporado no consumo diário das pessoas e em diversos estabelecimentos. Estima-se que na década de 1820 a participação da economia cafeeira do Brasil no mercado mundial era de vinte por cento. No período entre 1880 e 1889 essa participação atingiu cinquenta por cento.
Principal região produtora
O vale do paraíba, sem dúvida, era a principal região produtora de café, pois contava com o clima bastante favorável e ainda tinha uma excelente localização geográfica que facilitava bastante os meios de distribuição da carga visto que portos importantes eram próximos como, por exemplo, o da baia de Guanabara ou os portos da região do litoral sul.
No entanto, a produção de café na região exibiu muitos dos recursos naturais, pois o seu extenso cultivo e predatório resultou no esgotamento dos nutrientes do solo. A partir do ano de 1870, a cafeicultura no vale do paraíba apresentava um grande declínio o que contribui para que o oeste paulista ganhasse força como a principal região produtora do país.
Após esse período, o cultivo de café avançou de maneira gradativa pela região sul do país, principalmente, no estado do Paraná. No entanto, esses novos produtores não conseguiram superar a fertilidade da terra roxa da região do oeste paulista que se manteve como uma das principais produtoras do Brasil.
Relações de produção
A produção de café passou por um momento muito delicado durante os últimos anos do século XIX, pois a escravidão foi alvo de muitas críticas durante o século visto que existiam províncias importante como, por exemplo, a Inglaterra, exigiam que alguma medida contra esse modelo fosse tomada.
Após um longo período de turbulência e de várias seções aprovadas para tentar colocar um fim no tráfico negreiro, o Brasil colocou fim a escravidão o que obrigou os cafeicultores a buscarem por uma nova mão de obra.
Com as constantes guerras civis da Europa muitas pessoas viram a oportunidade de buscar um novo começo no Brasil com o fim da escravidão. Os grandes produtores identificaram a oportunidade de conseguir uma mão de obra por um custo muito baixo.
Por meio dessa mudança no modelo de produção, o mercado de exportações também se modernizava assim como o transporte ferroviário substituía os burros como meios de transportes de carga. Isso favoreceu o escoamento da carga e a economia cafeeira.
Deve-se ainda destacar a grande influência da Inglaterra sobre a economia do Brasil que era uma relação existente desde os tempos das colônias, mas que foi ainda intensificada com a vida da família real para o Brasil.
Graças a economia cafeeira o país conseguiu colher bons resultados para modernizar os meios transportes assim como os portos. Deve-se ainda ressaltar que muitos centros urbanos foram criados com o nisso dessa atividade.