A célula procariótica é o tipo mais simples e existe apenas para o reino Monera. Elas não possuem carioteca (estrutura que envolve o núcleo celular), fazendo com que o núcleo seja nomeado como nucleoide, já que é uma estrutura bem mais simples do que um núcleo de células eucarióticas. O seu DNA fica solto no seu citoplasma.
Já as células eucarióticas são bem mais complexas e exigem maior detalhamento. Elas podem existir em seres unicelulares (apenas uma célula) ou multicelulares (mais de uma célula). Esse tipo de célula pode ser dividido em três grandes partes: o núcleo, a membrana plasmática e o citoplasma.
A membrana plasmática é a parte externa e que controla tudo que entra ou sai da célula. Essa característica de definição do que entra e sai da célula é nomeada de permeabilidade seletiva, já que nem tudo consegue entrar ou sair da unidade celular. Ela é composta basicamente de fosfolipídios, colesterol e proteínas, ou seja, uma constituição lipoproteica (lipídios e proteínas).
É través da membrana plasmática que ocorre um dos processos vitais para o bom funcionamento corporal: a osmose. Nele, as células buscam estar em equilíbrio com o meio em relação á água. Se há menos água que o meio, a célula quer receber água e, no caso contrário, deixar que a água saia para manter o equilíbrio.
A entrada e saída da água acontecem justamente através da membrana plasmática, uma estrutura muito permeável e que permitirá manter o equilíbrio com o meio através desse processo de osmose.
Já o núcleo celular é o grande “cérebro” desta estrutura. Ele é envolvido pela carioteca, uma membrana que o protege e permite a comunicação com outras funções como o retículo endoplasmático. É nele que é feito todo controle das atividades celulares e da transmissão de informações para a célula filha no ato da divisão celular.
O núcleo é responsável direto pelo processo de divisão celular, um dos mais importantes para a sobrevivência. Sem ele, as células não conseguiriam ser formadas já que uma célula sempre surge de outra já existente, fato esse comprovado por diversos biólogos. Para esse processo, existem basicamente duas formas de acontecer: a mitose e a meiose.
Para iniciar uma célula nova, a célula-mãe precisa duplicar os cromossomos (responsáveis pelas características hereditárias que vimos na genética) dentro do núcleo, formando assim dois núcleos com a mesma quantidade de cromossomos. A mitose consiste justamente na divisão do citoplasma – que será detalhada em seguida-, em duas partes, cada uma contendo um núcleo e originando duas células.
Através da mitose cada ser vivo garante o complemento do espaço da sua estrutura, seja por conta de crescimento ou da substituição de células que morreram e não estão mais executando as duas funções.
É possível ainda fazer a divisão celular de uma segunda maneira: a meiose. Nesse método, o processo é semelhante à mitose, mas com uma dupla divisão. Após uma primeira divisão, as células-filhas voltam a se dividir, formando assim quatro células-filhas. A diferença, além da quantidade, está no número de cromossomos. Em uma célula normal seriam 46 cromossomos por célula. Neste processo, cada célula fica com a metade disso (23 cromossomos).
Esse processo é fundamental para garantir a manutenção da vida, já que sem ele as células não conseguiriam ser formadas e, consequentemente, os seres vivos não conseguiriam manter seu funcionamento, muito menos substituir as células mortas por outras ativas.